OFICINAS, CURSO & RESIDÊNCIA


OFICINA
LABORATÓRIO CORPO PRESENTE, com Gustav Courbet (SP) e Ana Mesquita (SP)
dia 15 de novembro / segunda-feira / das 9h-12h
no Armazém Cultural
Nosso corpo é poesia, é portal de comunicação e nosso movimento diz muito sobre quem nós somos. As ações também compõem uma linguagem.
O foco principal dessa oficina é despertar nossa consciência corporal e investigar o corpo performático através de suas memórias e provocações. Iremos explorar a movimentação livre e orientada, partindo de sensações, percepções coletivas e individuais também utilizando qualidades de movimentos vertentes mistas da dança.
Gustav Courbet
Multiartista, educadora, preparadora corporal e ativista das causas de gênero, cor e
diversidade de corpos. Gustav Courbet vem lutando para quebrar barreiras e estereótipos através de sua arte e militância. Além de dançarina, atriz e performer, Gustav é educadora em diversas ONGs e Centros de acolhimento para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social nas periferias de São Paulo, Gustav usa das linguagens artísticas e das Vertentes do Hip Hop, Contemporâneo, Dança Afro e Dança Teatro para aproximar diferentes públicos, promovendo a acessibilidade, empoderamento, pertencimento, além de desmistificar questões sobre o corpo Trans, gordo e fora dos padrões nas artes e na sociedade.
Ana Mesquita (assistência e produção da oficina)
Dançarina, cantora, produtora, arte educadora, performer, Bacharel e
Licenciada em “Dança” pela Universidade Anhembi Morumbi, Educadora do Movimento
Somático pelo método Body Mind Movement, em formação desde 2019.
Atua produtora em projetos educacionais e culturais, como performer e artista criadora em companhias e trabalhos solos.Trabalha com múltiplas linguagens da arte e da dança. Desenvolve uma pesquisa sobre a dança contemporânea e a cultura pop. Discute os estereótipos dos corpos na dança.

OFICINA
ARTE, DIÁSPORA E QUILOMBO,
com Preto Amparo (MG)
dia 16 de novembro / terça-feira / das 9h-13h
no Armazém Cultural
se a construção de uma ponte não vai enriquecer
a consciência daqueles que nela trabalham,
então não se construa a ponte.
continuem os cidadãos a atravessarem o rio a nado ou numa balsa.
a ponte não deve cair do céu, num paraquedas.
é preciso que o cidadão se aproprie da ponte.
só então tudo é possível.
Frantz Fanon
Esta oficina/vivência tem o desejo de seguirmos fiéis ao processo ancestral de
compartilhamento de conhecimento e vivência do povo preto. As práticas
colonizadoras impõem hierarquia no processo de composição do saber e de
experiências. Desta maneira a discussão sobre arte, diáspora e quilombo se dará de maneira teórica e prática, buscando neste breve encontro uma oportunidade de experienciar e entender como nestes três pontos podemos buscar uma nova forma de olhar o momento histórico brasileiro.
Público: Artistas locais negras(os), interessadas(os) em teatro e performance negra e público em geral.
Materiais, Referências e Experiências: violento., Frantz Fanon, Nego Bispo, Maria
Beatriz do Nascimento, Baco Exu do Blues, Racionais MC’s, Lélia Gonzalez, Marcus
Garvey entre outras(os).
...é importante ver que hoje o quilombo trás pra gente não mais um território geográfico,
mas um território a nível de uma simbologia.
nós somos humanos, temos direito ao território, à terra.
várias e várias partes da minha história
me contam que eu tenho direito ao espaço que eu ocupo.
Maria Beatriz do Nascimento
Preto Amparo
Artista, Iluminador e Pesquisador de Arte e Humanidades, Preto é natural de
Patrocínio no interior de Minas Gerais. Cursou graduação em teatro na UFMG –
Universidade Federal de Minas Gerais e atualmente conclui o Bacharelado em
Humanidades na UNILAB - Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
AfroBrasileira. É criador e ator do espetáculo violento., pesquisador de Arte
Marginal, Dramaturgia Negra e Estudos Africanos e também se dedica aos temas
da Negritude e Quilombismo.

OFICINA
THEATRICAL BREAKIN
com Iron Skulls Co (Espanha)
dia 20 de novembro / sábado / das 9h-12h
no Armazém Cultural
Este workshop ensina a evolução técnica da linguagem corporal do coletivo. Para isso, estudaremos os aspectos fundamentais que sustentam a identidade única do coletivo. Trabalharemos no desenvolvimento de ferramentas que auxiliem na quebra ou indefinição de fronteiras, algo pelo qual a empresa é conhecida. O objetivo é encontrar um espaço de encontro entre a dança urbana, a dança contemporânea, o Butoh e as artes marciais. A partir daqui, iremos facilitar a aprendizagem de aspectos chave da nossa prática: dissociação e coordenação, trabalho de base, acrobacia, interpretação e colaboração numa dinâmica de grupo através de exercícios de parceria.
Dedicado a artistas do movimento: dança, circo, teatro físico...
Iron Skull
Iron Skulls Co, companhia de dança localizada em Barcelona, tem seus inicios no grupo de Bboying (Breakdance) conhecido como Iron Skulls Crew, formado em 2005. Formalizado como companhia nos anos 2012-13, se compõe de bailarines de diversas áreas da Espanha e é conhecida pelo seu estilo original, atraindo diversas disciplinas e continuamente investigando os límites de seu movimento.

OFICINA
INPRACTICAL
com Los InNato (Costa Rica)
dia 19 de novembro / sexta / das 9h-12h
no Armazém Cultural
É uma aula onde a partir do jogo abordamos o movimento, com frases e dinâmicas exploramos a fisicalidade do participante. Procuramos envolver todo o nosso corpo para levá-lo ao máximo. Sempre de uma forma lúdica. A coisa mais bonita do movimento é ver como somos diferentes.
Esta oficina é centrada na relação do bailarino com o solo e o ar. A aula utiliza padrões de movimento simples que envolvem a respiração, a velocidade, a liberação de energia em todo o corpo a fim de ativar a relação entre o centro e as articulações que entram e saem em diferentes níveis - acima e abaixo, apoios diferentes e a busca de equilíbrio de partes distintas do corpo.
Los INnato é um projeto multidisciplinar fundado por Marko Fonseca em 2009, e sua linha de trabalho abarca a investigação artística, a produção cultural e o ensino de técnicas do movimento. Ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais com suas obras artísticas.

CURSO
ARTE DECOLONIAL, com DANIEL COLIN (RS)
ao vivo / virtual
De 16 a 18/novembro, das 9h-11h
(GMT -4 / fuso horário Campo Grande MS)
O workshop performático online "ARTE DECOLONIAL", ministrado pelo Doutor em Teatro e ativista LGBTQIA+ Daniel Colin, artista diversas vezes premiado em Porto Alegre/RS, foi planejada para que criemos um espaço de debate e reflexão acerca das formas com que artistas latino-americanes têm pensado e produzido as artes nas últimas décadas. Qualquer pessoa pode se inscrever e não é necessária experiência artística anterior.
Este workshop pretende, em 3 encontros virtuais, elucidar dúvidas acerca do debate decolonial (o que é decolonialidade?; quais as diferenças entre descolonial e decolonial? quais as relações entre um movimento anti-colonial e decolonial?, são alguns dos exemplos...), bem como em propor articulações entre o fazer da decolonialidade com as práticas artísticas na América Latina, em especial no Brasil.
A partir de aportes teóricos e de referenciais práticos do ministrante, o curso incentivará a turma para que cada participante seja capaz de reavaliar suas vivências do dia-a-dia para que possam produzir (video)performance artística individual, com orientação do professor. O programa do curso se baseia na experiência teórico-prática que resultou na tese de doutorado de Colin, bem como na sua trajetória de duas décadas como professor de artes do corpo.
O curso está organizado em 03 encontros que serão realizados de forma online. A carga horária total é de 06 horas/aula. Esta pode ser uma ótima oportunidade para que você inspire seus sentidos, renove seu olhar e explore seu corpo de outras formas!
Daniel Colin é Doutor em Teatro (UDESC), Mestre e Bacharel em Artes Cênicas (UFRGS). Integrante-fundador do Teatro Sarcáustico (Porto Alegre/RS) desde 2004 e Professor Convidado da Pós-Graduação Lato Sensu/Especialização - Artes Cênicas (CENSUPEG). Vencedor de mais de 20 prêmios em várias categorias, atua como diretor, dramaturgo, performer, ator e professor há 20 anos. Sua pesquisa-teórico prática atual intersecciona determinadas práxis das artes do corpo com a perspectiva decolonial e com estudos de gêneros e sexualidades.

RESIDÊNCIA ARTÍSTICA
DANÇA DAS ANTIGAS,
com Soraya Portela (PI)
de 16 a 19/novembro, das 9h-11h
no SESC Cultura
Nesta residência vamos convidar 15 senhoras acima de 60 anos para conviver e
movimentar o corpo, as coisas, os esquecimentos, os desejos, as paisagens íntimas e a imaginação para compor uma dança própria e sincera. Vaguearemos entre músicas, colagem, moda, imagens e danças, com coragem e emoção a ponto de botar essas matérias para agir como se existisse amanhã. Esta residência constitui parte da cartografia continuada - Gestos e produção das Velhices da Artista Soraya Portela com mulheres 60+ em todo Brasil.
DANÇA DAS ANTIGAS - é uma pesquisa continuada concebida e coordenada pela artista e pesquisadora com velhices Soraya Portela em torno de "práticas de mover" com senhoras dançarinas acima de 60 anos, em Teresina, Piauí. Convertendo a intimidade, imaginário e a vivência desses corpos em experimentos cênicos que discutem o viver e o envelhecer.